SONEGOU - O prefeito Fabrício Oliveira, do Partido Liberal, sonegou a informação de que a estação de tratamento de esgoto estava há dois anos sem funcionar e o esgoto coletado na cidade ia sem tratamento algum para o rio Camboriú.
COMITÊ - Quando não tinha mais como negar os dados divulgados pelo Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina e os da Empresa Municipal de Água e Saneamento, resolveu ceder as exigências dos segmentos organizados da sociedade e aceitar uma reunião. E criou o Comitê Intersetorial de Monitoramento e Acompanhamento das Obras da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Balneário Camboriú.
DIVIDINDO - O nome é pomposo, mas em resumo, o que o Fabrício quer mesmo é que a comunidade também seja responsabilizada pela incompetência própria e dos seus comandados na Emasa. Foi crime o que fizeram, desativar (com a desculpa de reforma) a estação de tratamento de esgoto em plena pandemia de Covid-19 quando todos estavam mais preocupados em manter a saúde própria.
CAIU - Uma semana depois de dizer que os exames que indicavam que a Praia Central de Balneário Camboriú não estava imprópria para banho e que o relatório era invenção daqueles que não gostam de Balneário Camboriú, o empresário Nelson Nitz deixou a presidência do Sindicato da Indústria da Construção Civil. Para o seu lugar, em um mandato tampão, está Carlos Hack, que já comandou a Emasa.
RESPOSTA - Não só os empresários da construção civil, mas os de todos os segmentos ligados as mais diversas atividades econômicas de Balneário Camboriú começaram a sentir que da forma como está a cidade só tem a perder. O engordamento da praia por si só não é atrativo suficiente se a praia está suja e imprópria para banho.
MP - O Termo de Ajuste de Conduta, assinado pela prefeitura (Emasa) com o Ministério Público é uma confissão clara do crime cometido por quem tem a responsabilidade de manter o tratamento do esgoto. Afinal de contas o contribuinte paga (e paga muito bem) para a manutenção do sistema.
BONDOSO - O MP foi benevolente ao extremo com essa turma que emporcalhou nossa Praia Central. Dar prazo até 2024 para resolver o problema por algo que nunca deveria ter acontecido e o mesmo que deixar criminosos à solta, mesmo depois do crime descoberto. Deveria, isso sim, pedir a responsabilização dos envovidos.
COMPLÔ - Pior ainda para a grande maioria dos vereadores de Balneário Camboriú que não assinaram a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para ouvir e saber o que efetivamente aconteceu. A cidade perde com essa informação. Caso não tivesse preocupação, Fabrício Oliveira teria incentivado todos os vereadores, inclusive os de sua base, a assinarem a CPI.
ASSINARAM - Oficialmente cinco vereadores assinaram o pedido da CPI: André Meirinho (Progressistas), Eduardo Zanata (PT), Juliana Pavan (PSDB), Lucas Gotardo (NOVO)e Patrick Machado (PDT). Nas redes sociais correu uma lista em que também aparece o nome de Nena Amorim (MDB).
DE OLHO - Aliás, o MDB, depois do acerto feito com a atual administração, já está querendo o comando da Emasa. Resta saber se Fabrício vai ceder ou não.
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