Em Brasília, o deputado catarinense Jorge Goetten (PL) coordenou nesta quarta-feira (27), um debate sobre a Reforma Tributária - tema que divide opiniões e gera questionamentos entre os parlamentares e setores da sociedade. A discussão foi organizada pela Frente Parlamentar dos Serviços e teve foco nas mudanças que devem incidir sobre o setor. 

Goetten defendeu que o texto final não prejudique a área da prestação de serviços. “Eu vejo que estão sendo feitas muitas concessões e entendo que seja necessário contemplar os setores. Só que não existe almoço grátis. O setor de serviços não pode pagar a conta de todas essas concessões que estão sendo feitas”, afirmou. 

Impacto do IBS - O principal ponto debatido pelos especialistas é a criação do Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS), que teria impactos diferenciados em cada área. Na indústria, em que há muitos insumos materiais, ele seria benéfico. Já nos serviços, em que os insumos são imateriais, o novo imposto não apresentaria vantagens. O impacto ocorreria nas empresas ligadas à saúde, educação, turismo, transportes, comunicações, contabilidade, advocacia e outros. 

 O encontro ouviu o economista José Pastore, professor da USP, que defendeu o equilíbrio e atenção redobrada no texto da Reforma para que não haja prejuízo na geração de empregos, já que 70% dos brasileiros trabalham no setor terciário.

O deputado catarinense, por sua vez, disse acreditar que será encontrada uma solução para o impasse. “Todo mundo está trabalhando pra aprovar uma Reforma possível, que tenha o objetivo de destravar a economia e simplificar os impostos”, frisou. 
O texto da Reforma já foi aprovado pela Câmara e agora está em análise no Senado Federal.