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Sexta-feira, 28 de Marco de 2025

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Morre, aos 93 anos, Dona Guida, a matriarca da comunidade quilombola do Morro do Boi

Sepultamento está marcado para esta quinta-feira no cemitério do Mato de Camboriú.

Morre, aos 93 anos, Dona Guida, a matriarca da comunidade quilombola do Morro do Boi
Projeto A Rua dos Negros, de 2014. (Leonel Tedesco/LIC/Divulgação)
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Morreu na manhã desta quarta-feira (4), aos 93 anos, Margarida Jorge Leodoro, conhecida como ‘Dona Guida’. Ela estava internada no Ruth Cardoso, aos 93 anos. Ela era a moradora mais antiga da comunidade quilombola do Morro do Boi, em Balneário camboriú.  

Dona Guida nasceu em Camboriú, casou com Almiro Leodoro, já falecido e aos 25 anos de idade foi morar no Morro do Boi. O casal teve 10 filhos, dos quais quatro falecidos: Aldair, Maria, Adelair, Sueli Marlete, Reginalda e Almiro e os netos Zarubia, Roger, Patrícia, Rudinei, William, Jefferson, Sayonara, Michele, Camila, André e Rafael e os bisnetos Fernando, Gabriel, Beatriz, Cleber e Kauã..

A história de Dona Guida foi registrada em diversas publicações em jornais, revistas e em livros, como ‘Da Rua dos Pretos à Comunidade Quilombola do Morro do Boi’, de autoria de Ana Elisa Schlickmann e Dalva Brum. 

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Além das atividades domésticas, Dona Guida trabalhou na roça, junto com o marido plantava fumo e ajudava no engenho de farinha. Ela também foi benzedeira. Também foi estrela no ensaio fotográfico ‘A Rua dos Negros’, de Leonel Tedesco, com imagens da matriarca e seus familiares na comunidade, onde vivem. A exposição realizada em 2014 foi levada a vários locais da cidade.

O velório será na Comunidade Quilombola  e o sepultamento será nesta quinta-feira (6), às 16h, no cemitério do Mato de Camboriú.

Guida com duas das suas netas, Sayonara e Michele, no ensaio fotográfico de 2014 (Foto: Projeto A Rua dos Negros, fotógrafo Leonel Tedesco, LIC 2014)

PESAR - Dona Guida também era rainha do Maracatu Nova Lua. O coordenador do Grupo Maracatu Nova Lua e Agente território de cultura do Ministério da Cultura lamentou a perda. 

"Sua sabedoria, resistência e liderança inspiraram gerações, fortalecendo os laços comunitários e mantendo viva a memória de seus ancestrais. Dona Margarida não apenas guardou as histórias e os valores de seu povo, mas também foi uma voz ativa na defesa de suas terras e de sua dignidade, tornando-se um símbolo de resistência e esperança". destacou em nota de pesar do grupo.



FONTE/CRÉDITOS: Da Redação
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