Após a revelação de um suposto esquema de venda de contratos das prefeituras de Balneário Camboriú e Camboriú, em troca de dinheiro não contabilizado para as campanhas de Juliana Pavan e seu pai, Leonel Pavan, a Coligação do PL de Balneário Camboriú entrou com uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE). A investigação da Folha de S. Paulo, divulgada recentemente, trouxe à tona essas denúncias, o que motivou o ajuizamento da ação.
Na ação, foram anexadas as provas que circularam nacionalmente nos últimos dias, além do pedido de quebra de sigilo dos envolvidos. Embora o processo não deva ter uma tramitação rápida, os efeitos de uma eventual decisão podem resultar na cassação dos direitos políticos de Juliana Pavan e na perda do mandato, caso ela seja eleita, o que poderá levar a novas eleições em Balneário Camboriú.
A quebra de sigilo promete ser explosiva, especialmente se confirmar as negociações reveladas pelos áudios e vídeos divulgados pela Folha de S. Paulo. Entre as provas apresentadas, há registros de PIX no valor de milhões de reais destinados à família Pavan, além de um suposto “laranja”, o corretor Getúlio Serrão, conhecido apoiador da família. Também foram mencionadas mensagens entre o operador Glauco Piai e Júnior Pavan, que acompanhava a contabilidade do esquema. Há ainda relatos de que o marido de Juliana Pavan teria recebido transferências via PIX diretamente de Glauco Piai.
De acordo com a Folha de S. Paulo, os valores eram arrecadados por Glauco Piai, operador ligado ao PT, em nome de Juliana e Leonel Pavan, com empresários de diferentes setores interessados em contratos nas duas cidades.
Nem Juliana Pavan e nem seu pai conseguiram até o momento explicar a relação com Glauco e os conteúdos revelados pela Folha de SP.
Se Juliana e Leonel Pavan forem eleitos, o julgamento desse processo poderá provocar uma reviravolta, levando a novas eleições em um futuro próximo.
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