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Sabado, 08 de Fevereiro de 2025

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Reforma Tributária ameaça encarecer transporte de cargas no Brasil

O setor de transportes se depara com o desafio de equilibrar o aumento da carga tributária e os custos operacionais em um cenário de crescente demanda por serviços logísticos

Reforma Tributária ameaça encarecer transporte de cargas no Brasil
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A implementação da Reforma Tributária, prevista para começar em 2026, deve trazer impactos significativos ao setor de transporte de cargas. Especialistas apontam que a nova alíquota do Imposto sobre Valor Agregado (IVA), projetada entre 26,5% e 28,6%, poderá aumentar os custos operacionais das empresas. A carga tributária atual é de 19,5%, resultante da soma do PIS e da Cofins, e a elevação representa um aumento superior a 35%.

Dados da Transvias revelam que o transporte de cargas fracionadas registrou um crescimento expressivo de 40,05% em 2024. Apesar disso, o setor será prejudicado pelas novas regras fiscais. Thiago Alves, advogado tributarista e diretor do Instituto Brasileiro de Gestão e Planejamento Tributário (IBGPT), alerta para os desafios que estão por vir.

Transição e impactos financeiros - Segundo Alves, o primeiro ano da reforma será marcado por uma fase de transição complexa. Em 2026, os contribuintes continuarão pagando os tributos atuais, acrescidos de 1% correspondente ao novo modelo: 0,1% do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e 0,9% da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). Esse valor será abatido dos impostos vigentes.

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“Essa transição será provavelmente confusa e desafiadora para as empresas do setor. É essencial que aproveitem os benefícios fiscais disponíveis atualmente, como créditos tributários, e se preparem para enfrentar o aumento nos custos operacionais, que pode impactar diretamente o faturamento”, destaca Alves.

Contraste entre modalidades de transporte - Enquanto o transporte de cargas enfrenta maiores tributações, há avanços para o transporte coletivo de passageiros, que será isento do IBS e da CBS. No entanto, a reforma mantém a tributação sobre os serviços intermunicipais e interestaduais, deixando parte do setor ainda sob pressão fiscal.

Com a mudança, o setor de transportes se depara com o desafio de equilibrar o aumento da carga tributária e os custos operacionais em um cenário de crescente demanda por serviços logísticos. A adaptação estratégica será essencial para minimizar os impactos e manter a competitividade no mercado.

FONTE/CRÉDITOS: Thiago Julio/Huna Comunicação
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