Com foco na expansão da capacidade de geração de energia solar, a AXS Energia, startup sediada em Santa Catarina, planeja investir R$ 3,7 bilhões no mercado nacional de energia até 2027. Hoje, a empresa conta com 56 usinas de geração distribuída conectadas nos estados do Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Goiás. Todas as unidades resultam em uma capacidade instalada de 178 megawatts (MW) que, com o novo montante, passará a ser de 350 MW provenientes de 113 usinas.
O projeto de expansão teve início em 2021 e já aplicou R$ 1,9 bilhão por meio de aportes de acionistas e emissão de títulos de dívidas. No período, o investimento teve como objetivo a construção de novas usinas e a implantação de um sistema de gestão comercial e industrial. O movimento resultou em uma base de cerca de 15 mil clientes que podem receber um desconto na fatura e, ao mesmo tempo, escolher uma fonte renovável de energia.
A partir de 2025, em três anos, a startup pretende dobrar sua capacidade instalada em usinas de geração distribuída e mais do que triplicar sua base de clientes, que deve chegar a 50 mil unidades de consumo como pequenos comércios e residências. Além disso, o novo aporte de R$ 1,8 bilhão também será destinado para a construção da primeira usina de geração centralizada da empresa, que terá capacidade de 180 MW, localizada em Minas Gerais.
“Em 2026, vamos iniciar nosso projeto de geração centralizada que será comercializada no mercado livre de energia, no modelo de mercado varejista. Toda a parte de licenciamento já está encaminhada. Estamos aguardando que a subestação seja ampliada para termos condição de conectar nossa usina no segundo semestre de 2027”, afirma Rodolfo de Sousa Pinto, presidente da AXS Energia.
Mercado livre de energia no Brasil - O mercado livre de energia permite que os consumidores possam negociar energia elétrica diretamente com comercializadoras, sem a necessidade de vínculo com as distribuidoras de energia. O modelo vem crescendo no Brasil e de acordo com a Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), em setembro de 2024, atingiu 51,3 mil unidades consumidoras, o que representa 42% da energia consumida no país.
Uma vez que disponibiliza para o consumidor final a escolha da fonte de energia a ser utilizada, o formato amplia o uso de fontes renováveis, tornando toda a matriz energética mais sustentável. Ainda segundo dados da Abraceel, 64% da geração de energias renováveis é voltada para atender o mercado livre. Apenas no caso da energia solar, por exemplo, o montante é de 82%.
Tendência no setor de energia - Integrante do Grupo Roca, que acumula mais de 40 anos de experiência no setor elétrico, a AXS Energia já está entre as maiores empresas no setor de construção de usinas solares e de engenharia no país e vê o armazenamento de energia como uma tendência no setor. Para viabilizar o fornecimento contínuo em todas as regiões e a diminuição do valor pago pelos brasileiros na energia, o modelo ainda novo é uma das apostas da empresa para os próximos anos.
“Acreditamos que baterias de pequeno, médio e grande porte serão bastante interessantes e vão ser a próxima grande onda da transformação energética no Brasil. Todos terão em suas casas, no seu comércio ou na sua indústria sistemas de bateria para poder se beneficiar de algumas outras condições específicas do setor elétrico que permitem baratear o custo da geração”, complementa. O executivo explica que o formato permite, por exemplo, armazenar energia em um horário em que ela tem um custo menor para evitar o consumo em horários com preços mais altos.
Sobre a AXS Energia - Integrante do Grupo Roca, que acumula mais de 40 anos de experiência no setor elétrico brasileiro, opera nos estados de Minas Gerais, Paraná, Mato Grosso, São Paulo e Goiás, disponibilizando o acesso a fontes renováveis de energia solar para pequenos comércios e residências, um modelo de negócio que possibilita que todos possam contribuir com um mundo mais sustentável por meio do uso de energias renováveis.
A energia produzida nas usinas fotovoltaicas é transformada em créditos junto aos distribuidores locais de energia elétrica, que por sua vez são revertidos em descontos tarifários aos usuários do serviço, sem que estes necessitem investir em seus próprios equipamentos ou arcar com taxas de adesão.
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