A informação chega primeiro aqui!

Sabado, 25 de Outubro de 2025

Notícias/Variedades

Mesmo antes do fim, a 36ª Marejada já deixa gosto de saudade

Pairam no ar as memórias da festa que encantou mais de 230 mil pessoas

Mesmo antes do fim, a 36ª Marejada já deixa gosto de saudade
Secom/Divulgação
Imagens
IMPRIMIR
Use este espaço apenas para a comunicação de erros nesta postagem
Máximo 600 caracteres.
enviando

A brisa que vem do Itajaí-Açu espalha o cheiro da sardinha na brasa e outros sabores da Marejada. Em 18 dias, a festa foi resgate, palco para diversão, encontro com os amigos e celebração da alegria e da vida. Mas ainda há algumas horas para continuar no ritmo da 36ª Marejada. O domingo (19) não é uma despedida. É a certeza de que a festa tem um lugar de destaque no calendário dos grandes eventos de Santa Catarina.

Nos corredores do Centreventos, o riso ainda ecoa, os passos ainda estão em ritmo de dança e o coração se prepara para o momento de dizer até logo. É curioso como a Marejada tem esse poder de fazer o tempo correr diferente. Durante os dias de festa, Itajaí parece viver em outro compasso. As manhãs ganham cheiro de mar e promessa de alegria, e as noites se vestem de luzes, sons e cores. É como se a cidade inteira respirasse cultura, música e tradição.

Nos pavilhões, a mistura é perfeita: o ritmo brasileiro se encontra com o fado português, o pagode abraça as canções folclóricas dos grupos de tradição portuguesa, e ninguém se espanta com isso. Na Marejada, tudo cabe. A risada alta do turista se mistura às lágrimas de emoção de dona Maria Manoela, portuguesa da Freguesia de Belas, ao inconfundível sotaque açoriano de Maria Teresa, coordenadora do Grupo Folclórico da Casa do Povo de Guadalupe, da Ilha da Graciosa, que reforçou a ligação de Itajaí com os Açores.

Há quem venha só por esse sabor, e quem venha pelos rituais que já estão impregnados na festa. Escolher a sardinha, por exemplo, sentar-se no banco de madeira, esperar o prato fumegante e brindar com um copo de chopp gelado. É um gesto simples, mas que carrega toda a essência da Marejada,celebrar o encontro e o prazer de estar junto.

Há quem venha também para prestar homenagens. Mesmo se recuperando de uma cirurgia, Maria Sueli não deixou de visitar a tradicional festa, que é praticamente no seu quintal.

“Eu sou peixeira raiz. Nasci na Beira Rio e meu pai era percador. Ele morreu faz dois meses. E essa festa também é em homenagem a ele. Eu estou muito orgulhosa em estar aqui”, conta Maria Sueli.

 

Leia Também:

E entre uma dança e uma lembrança, a festa vai tecendo suas histórias. Tem o casal que se conheceu ali, em uma dessas noites agitadas da festa. Tem a criança que provou pastel de bacalhau pela primeira vez. Tem o pescador que se emociona com o desfile, tem a realeza e um batalhão de profissionais e moradores de Itajaí dedicados a fazer cada segundo da festa único.

Cada pessoa leva consigo um pedacinho da Marejada. Uns guardam no paladar, outros na memória e muitos, talvez a maioria, no coração.

Quando as luzes começarem a se apagar e o último acorde ecoar no pavilhão, vai restar o silêncio doce daquilo que foi bom. Um silêncio que não é vazio, mas cheio de lembranças, dos ritmos, das vozes, do cheiro do mar, da sardinha e de outros sabores.

E assim, a Marejada se despede como quem sabe que vai voltar. Porque festa boa não termina, ela apenas se recolhe, espera o próximo ano e retorna ainda mais viva, mais colorida, mais nossa.

Até lá, ficamos com esse sabor que só ela deixa, o gosto bom da saudade.

FONTE/CRÉDITOS: Secom/PMI
Comentários:

Veja também

Crie sua conta e confira as vantagens do Portal

Você pode ler matérias exclusivas, anunciar classificados e muito mais!