A diretoria técnica da Emasa respondeu aos questionamentos feitos pelo noticiaja.com sobre a balneabidade da Praia Central. Embora a resposta tenha sido enviada às 14h44 desta sábado (25) pela assessora de imprensa, a Renata Furlanetto, apenas à noite foi possível acessar no whattsApp da redação.
Na matéria "Relatório de balneabilidade da Emasa do dia 13 de fevereiro apresenta toda Praia Central imprópria para banho" é questionada a leitura da coletade dados feitas pela Empresa Municipal de Água e Saneamento.
Confira as respostas:
Por que os relatórios da Emasa do dia 13 e 15 de Fevereiro foram publicados somente agora no site da Emasa? Por que não houve divulgação como no primeiro (do dia 10 de fevereiro)?
EMASA: Quando um relatório tem números muito diferentes de uma amostra para outra, é solicitado uma contraprova. Uma espécie de reanálise para ter a certeza dos números apresentados. E por isso, as publicações não saem em sequência ou com o mesmo prazo, como as do dia 13 e 15/02. O último relatório em análise é do dia 17/02, que também está sob análise da equipe e do laboratório.
Qual a explicação para no dia 13 de fevereiro o relatório ter sido que a Praia Central está toda imprópria para banho? E inclusive com concentração de E.coli superior ao relatório do IMA do mesmo dia, mesmo não tendo chovido nas últimas 24h?
EMASA: Com relação a diferença das amostras não temos como afirmar, e nem há uma explicação definitiva sobre essa diferença. Vários fatores podem ser levados em conta: chuva em até 48 horas ou no dia; horário e profundidade de coleta; material utilizado para realizar a coleta e armazenamento; roupa do coletador. Como também ocorre no relatório do IMA, alteração de resultados das amostras diferentes de uma coleta para outra.
Referente as obras da ETE há uma previsão para a conclusão e por que ainda não foi concluída?
E o IMA está ciente da situação? O MP? Há um TAC referente a isso?
EMASA: Sobre os questionamentos a respeito da obra na Estação de Tratamento de Esgoto da Empresa Municipal de Água e Saneamento (EMASA), cabe destacar:
1. Visando melhorar o sistema da ETE e corrigir um problema no tanque de aeração, devido ao rompimento da geomembrana instalada – principal unidade da etapa do tratamento biológico dos efluentes – foi verificado a necessidade de substituição da manta de impermeabilização, pois estavam rompidas, interferindo no tratamento;
2. Foi encaminhado ao Instituto do Meio Ambiente (IMA), a solução e projeto para recuperação do tanque de aeração, que emitiu a Licença Ambiental de Instalação (LAI);
3. A obra iniciada em 07/03/2022, foi executada de acordo com o que estava previsto no projeto, com atividades reconhecidamente padronizadas no segmento de saneamento básico, de acordo com as exigências estabelecidas pelo IMA, conforme o licenciamento para execução do serviço de manutenção, recuperação e melhorias ETE;
4. Após a colocação das mantas, na fase de ensaios do enchimento da lagoa, observou-se o surgimento de gases com a formação de bolhas nas novas mantas geotêxtil e geomembranas; o que motivou o informe imediato ao IMA em reunião presencial com os técnicos do Instituto;
5. Após análise dos técnicos da Emasa e reuniões com a empresa contratada, não ficou evidenciado a razão da formação das bolhas; empresas e consultores especializados em geomembrana foram consultados e, ainda que alternativas visando a correção do problema tenham sido propostas, não ofereceram garantias de sucesso em caso de intervenção;
6. Diante da incerteza quanto a ausência de garantias e dos riscos inerentes a mais investimentos na obra, em reunião realizada no Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), com a presença da diretoria e técnicos da Emasa, técnicos do IMA e ARESC, foi acordado entre os órgãos envolvidos por meio de um Termo de Ajuste de Conduta (TAC), optando pela não continuidade da obra e construção de um novo tanque de aeração, porém de concreto armado, já parte da ampliação e modernização da ETE; cujo prazo é até dezembro de 2023;
7. O novo projeto já foi contratado e está em fase de elaboração;
8. Parte dessa etapa, também inclui a obra de implantação do Decantador 4, que iniciou em outubro de 2022 e tem prazo previsto de 8 meses;
9. Importante destacar que a ETE está atualmente operando com sistema alternativo de tratamento em função da obra no tanque de aeração, com tratamento de todo o esgoto que recebe, porém o processo apresenta eficiência reduzida, de até 50%, conforme consta na licença ambiental emitida pelo IMA. A EMASA tem conseguido atender esse percentual de eficiência ao longo do período das obras no período da temporada de verão (com relação a DBO5, principal parâmetro).
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