Durante a década de 60, nos Estados Unidos, houve muitos movimentos, boicotes, ataques terroristas e muito mais em meio ao tópico de racismo e direitos para afro-americanos. A nação estava quase dividida em duas, pessoas que apoiavam a ideia de direitos iguais para americanos negros e pessoas que não apoiavam.
Devido a esse fato, houve muitas figuras-chave durante esse tempo, por exemplo Martin Luther King Jr. O Sr. King era um cidadão americano e negro, nascido na Geórgia em 1929, por causa de sua cor de pele ele testemunhou muito preconceito durante sua vida.
Tanto seu pai quanto seu avô eram padres de uma igreja batista, então, quando jovem, ele decidiu seguir a mesma carreira. Ao longo dos anos, o Sr. King se tornou um ativista, lutando pacificamente por seus direitos e pelos direitos de seu povo. De acordo com suas crenças, que eram baseadas em sua religião, a agressão nunca foi o método certo para
atingir seus objetivos e nós, como seres humanos, deveríamos amar o próximo, então, como uma forma de zelar por seus direitos, ele apoiou a ideia da desobediência civil.
Dessa forma, motivando as pessoas a participarem de boicotes e movimentos pacíficos, como, por exemplo, onde ocorreu seu discurso mais famoso, também conhecido como “Eu Tenho um Sonho”, que aconteceu em 1963 durante a Marcha em Washington, diante de cerca de 260.000 pessoas que estavam no movimento.
O discurso fala sobre o sonho do Sr. King de um futuro sem preconceito, onde as pessoas não seriam julgadas por sua raça ou cor de pele, mas por seu espírito, por sua gentileza e individualidade. Diante de um grupo de pessoas, o Sr. King expos seus pensamentos sobre toda a situação de injustiça racial, segregação e discriminação contra afro-americanos.
Afirmando a necessidade de um ajuste na legislação, para que no futuro todos pudessem ser tratados como iguais, porém o Sr. King sabia que a mudança não deveria ser feita apenas na lei, mas também na mente das pessoas. Ele sabia que se as pessoas não fossem ensinadas sobre respeito, igualdade e imparcialidade, qualquer mudança na constituição não funcionaria, pois não mudaria a natureza das pessoas.
O Sr. King começa seu discurso falando sobre a vida do "negro", a vida dos americanos negros que, mesmo após a proibição da escravidão, ainda não eram tratados como seres humanos. E isso não aconteceu apenas com alguns afro-americanos, mas com todos eles. Eles ainda eram tratados como animais, como impuros e sujos, sendo segregados e julgados.
Nas palavras do Sr. King, o negro ainda estava preso às correntes da discriminação de nossa sociedade. No entanto, na nota da Declaração de Independência dos Estados Unidos, havia a promessa de direitos inalienáveis, entre esses direitos estão a vida, a liberdade e a busca da felicidade não apenas para os homens brancos, mas para todos os homens, negros e brancos.
Sendo essa uma das declarações do Sr. King, ele a completa dizendo que obviamente seu país deixou de cumprir sua própria promessa. Durante seu discurso, ele utiliza referências bíblicas e uma linguagem poética para transmitir sua mensagem de união, apelando à superação do preconceito e pedindo que a nação apoie, em vez de se voltar contra seu próprio povo, independentemente de cor, gênero ou raça.
O Sr. King afirma que as pessoas não devem sentir culpa ou vergonha por lutar por seus direitos e lugar na sociedade. Ele encoraja a rejeição da submissão ensinada desde a juventude, incentivando seu povo a desafiar as posições impostas por homens brancos e a não aceitar mais a opressão silenciosa.
Ainda que o racismo seja muito descrito na história de todo o mundo esse tipo de preconceito não é história, mas sim algo que ainda acontece no nosso cotidiano, algo que continua acontecendo mesmo depois de diversos movimentos em busca da igualdade racial.
Mesmo após décadas de movimentos e esforços por justiça social, o preconceito racial continua a se manifestar de várias formas, impactando negativamente as oportunidades, a segurança e a dignidade de indivíduos em diversas comunidades.
O racismo não é apenas uma sombra do passado, mas uma realidade cotidiana que afeta profundamente a vida de muitas pessoas. A busca pela igualdade racial não é uma questão do passado e não pode ser sintetizada e exposta somente no dia da consciência negra, mas sim uma luta contínua e diária, na qual todos são convidados a contribuir.
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